domingo, 4 de dezembro de 2011

BRASIL O PAÍS DO FUTEBOL !


Sempre gostei de futebol, não vou negar, mas infelizmente o Brasil se transformou no país só do futebol, de mais nada...

Vi nos status de amigos no Facebook, que aconteceram aqui no Brasil dois mundiais, que nem sequer foram noticiados. Handebol feminino, no Ginásio do Ibirapuera e de Patinação, em Brasília.
Acho triste que ninguém tenha dado a menor bola pra isso. O esporte deveria ser a marca do Brasil, sempre fomos fortes em várias modalidades. Quem não se lembra do Ricardo Prado, nos 400 m medley? Daquele time de basquete fantástico com Oscar, Marcel, Adilson, Nilo, Carioquinha e companhia? E no feminino, Hortência e Paula? Lógico que lembramos a medalha de ouro do Aurélio Miguel. E a geração de prata do vôlei: Willian, Renan, Amauri, Montanaro? Estes foram os ídolos de uma geração, que via o esporte como algo emocionante e exemplo de determinação e saúde.

Mas infelizmente, toda a atenção esta voltada exclusivamente para o futebol. Toda a grana disponível para patrocínios está focada em um único esporte. Uma cota de patrocínio na camisa da seleção canarinho sustentaria todos os atletas de outras modalidades, por alguns anos. Mas o foco é o velho e bom futebol.

Vamos ser francos, qual é o exemplo que o futebol passa para os jovens de hoje?

Qual é o exemplo que os jogadores que deveriam ser o exemplo dão?

Alguém já viu Emerson Fittipaldi ou até o nosso eterno Ayrton Senna, (ou qualquer um dos atletas mencionados no parágrafo anterior) fotografados, fumando, bebendo, amigo de traficante, batendo em mulher, fugindo da concentração, pego com travesti?

E alguém já viu o Guga, na maior manguaça????

Pois é, salvo algumas exceções, como os goleiros Marcos e Rogério e mais uma meia dúzia, os ídolos máximos das grandes torcidas, não são exemplos para os nossos filhos. E o pior, não existe nenhuma conseqüência para eles. Aprontam absurdos, mas sempre tem um time no mundo que acolhe o tal fenômeno, o baixinho, o imperador e outros apelidos nobres do futebol brasileiro.

Hoje perdemos mais um ídolo do futebol, o inesquecível Dr. Sócrates. Em campo não existiu outro camisa 8 igual. Lembro sempre da Copa de 82, do craque que fazia coisas incríveis com aquela bola, lances que vão ficar para a história. Porém, muitas outras coisas talvez fosse melhor esquecer. Como a tal democracia corintiana e a apreciação sem controle da bebida.

Esta perda deveria estar gerando uma enorme discussão sobre um mau que acaba com muitas vidas: o ÁLCOOL. O alcoolismo deveria ser debatido de forma exaustiva, com muito mais seriedade.

O álcool que matou nosso querido Doutor, mata mais no trânsito que os homicídios.
É o mesmo álcool que patrocina a SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL.
E é o mesmo álcool que a FIFA exigiu que estivesse presente em todos os jogos da Copa do Mundo, indo contra uma lei, cujo objetivo é diminuir a violência nos estádios (outro mau exemplo).

Mas nada disso será discutido, será apenas mais um que morre em decorrência da bebida e vai ficar por isso mesmo. Perderemos mais uma oportunidade de usar um fato triste, como exemplo para os jovens que só vêem histórias absurdas de seus ídolos, sem nenhuma conseqüência.

Por que isso? Porque a mídia tem coisas muito mais importantes para divulgar, como o fato de Daniele Winits estar solteira, ou o banho de mar de Letícia Sabatella, ou ainda a barriguinha da Luana Piovani. Ah! Estava esquecendo, li hoje no jornal: a Tereza Cristina vai ver uma foto do marido beijando a Pereirão e vai deixar ele na miséria...

BRASIL O PAÍS DO TÔ NEM AÍ ! ! ! !

terça-feira, 22 de novembro de 2011

CUIDADO COM A DEPRESSÃO!!!!


Li um estudo sobre depressão em mulheres esta semana e resolvi escrever sobre o assunto.

Os índices são alarmantes, as mulheres, principalmente as divorciadas, costumam ser deprimidas e muitas começam a ter problemas com álcool.

É difícil mesmo enfrentar a solidão. Muitas mulheres, mesmo casadas, sentem-se sozinhas e começam a se entregar a este buraco sem fim.

No estudo da Escola de Saúde de Harvard, no Estados Unidos, foram acompanhadas 50 mil mulheres, a cada 2 anos, entre 1992 e 2006. Nenhuma delas no início da pesquisa apresentava depressão. Já ao final de 14 anos, 6.500 voluntárias haviam sido diagnosticadas com o problema.

Os médicos atribuem o fato ao sedentarismo. As mulheres mais sedentárias podem ter 20% mais chances de enfrentar quadros depressivos.

O estudo aponta a televisão como um grande aliado da depressão. A mulher fica horas e horas em frente da televisão, enquanto poderia estar praticando alguma atividade física.
Vários estudos já apontaram os prejuízos que o hábito de assistir muita TV pode causar: piora na alimentação, menor aprendizagem (nas crianças), Hipertensão, problemas psicológicos.


Longe de mim vir aqui para falar mal da televisão, pois acho que ela realmente é um grande aliado, quando nos sentimos sozinhas.

O problema na minha opinião, é não perceber quando a situação saiu do controle. Ou pior, perceber que esta se afundando e não pedir socorro.

Fique atenta, preste atenção em você. Quais as atividades do seu dia são para VOCÊ?

Nós mulheres, nos doamos demais para os filhos, para o trabalho e esquecemos que temos que viver também para nós.

Eu também acho um "saco" a tal da academia, não tenho a menor paciência pra isso. Mas coloquei na minha agenda uma caminhada de 30 minutos 3 vezes por semana e já estou caminhando 50 minutos, pelo menos 5 dias da semana. Me faz tão bem, que não consigo ficar sem.

A vida é maravilhosa e está ai para ser vivida.

Viva como se não houvesse o amanhã e dê "uma banana" para a depressão.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Um pouco de silêncio - Lya Luft



Para pensar...


"Nesta trepidante cultura nossa, da agitação e do barulho, gostar de sossego é uma excentricidade.

Sob a pressão do ter de parecer, ter de participar, ter de adquirir, ter de qualquer coisa, assumimos uma infinidade de obrigações. Muitas desnecessárias, outras impossíveis, algumas que não combinam conosco nem nos interessam.

Não há perdão nem anistia para os que ficam de fora da ciranda: os que não se submetem mas questionam, os que pagam o preço da sua relativa autonomia, os que não se deixam escravizar, pelo menos sem alguma resistência.

O normal é ser atualizado, produtivo e bem informado. É indispensável circular, ser bem-relacionado. Quem não corre com a manada, praticamente nem existe. Se não tomar cuidado, põem-no numa jaula: um animal estranho.

Pressionados pelo relógio, pelos compromissos, pela opinião alheia, disparamos sem rumo – ou por trilhos determinados – como hamsters que se alimentam da sua própria agitação.

Ficar sossegado é perigoso: pode parecer doença. Recolher-se em casa ou dentro de si mesmo ameaça quem apanha um susto de cada vez que examina a sua alma.

Estar sozinho é considerado humilhante, sinal de que não «se arranjou» ninguém – como se a amizade ou o amor se «arranjasse» numa loja.

Além do desgosto pela solidão, temos horror à quietude. Pensamos logo em depressão: quem sabe terapia e antidepressivos? Uma criança que não brinca ou salta ou participa de atividades frenéticas está com algum problema.

O silêncio assusta-nos por retumbar no vazio dentro de nós. Quando nada se move nem faz barulho, notamos as frestas pelas quais nos espiam coisas incomodas e mal-resolvidas, ou se observa outro ângulo de nós mesmos. Damo-nos conta de que não somos apenas figurinhas atarantadas correndo entre a casa, o trabalho e o bar, a praia ou o campo.

Existe em nós, geralmente nem percebido e nada valorizado, algo para além desse que paga contas, faz amor, ganha dinheiro, e come, envelhece, e um dia (mas isso é só para os outros!) vai morrer. Quem é esse que afinal sou eu? Quais os seus desejos e medos, os seus projetos e sonhos?

No susto que essa idéia provoca, queremos ruído, ruídos. Chegamos a casa e ligamos a televisão antes de largarmos a carteira ou a pasta. Não é para assistirmos a um programa: é pela distração.

O silêncio faz pensar, remexe águas paradas, trazendo à tona sabe Deus que desconcerto nosso. Com medo de vermos quem – ou o que – somos, adiamos o confronto com a nossa alma sem máscaras.

Mas, se aprendermos a gostar um pouco de sossego, descobrimos – em nós e no outro – regiões nem imaginadas, questões fascinantes e não necessariamente negativas.

Nunca esqueci a experiência de quando alguém me pôs a mão no meu ombro de criança e disse:

— Fica quietinha um momento só, escuta a chuva a chegar.

E ela chegou: intensa e lenta, tornando tudo singularmente novo. A quietude pode ser como essa chuva: nela nos refazemos para voltarmos mais inteiros ao convívio, às tantas frases, às tarefas, aos amores.

Então, por favor, dêem-me isso: um pouco de silêncio bom, para que eu escute o vento nas folhas, a chuva nas lajes, e tudo o que fala muito para além das palavras de todos os textos e da música de todos os sentimentos".


Lya Luft
Pensar é transgredir
Lisboa, Presença, 2005
Texto adaptado

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

PROPAGANDA DA HOPE ACUSADA DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA MULHER


Acabei de ver no Portal da Revista Exame a tal propaganda com a Gisele Bündchen.

Para ser bem sincera, eu tiraria a propaganda do ar porque ela é muito ruim....e não por discriminar as mulheres.

Fazia tempo que não via uma campanha tão sem sentido.

Não entendo como profissionais de marketing ainda não aprenderam que se uma comunicação vai ser direcionada para o público feminino, a mesma tem que levar em consideração a realidade feminina.

Esta campanha parece aquela típica criada por homens e aprovadas por outros homens.

É o tipo de tema que o homem acha que a mulher vai se identificar.

Além disso, alguém acha mesmo que um homem vai ficar menos raivoso com a mulher que bateu o carro dele, só por que  ela vai contar o feito de calcinha e sutiã????????????????

Talvez ele perdoe se ao invés dela, ela mandar a Gisele contar pra ele, ai sim, pode ser que ele perdoe...

Me poupem!!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 25 de setembro de 2011

OS SEUS FILHOS TÊM TEMPO PARA BRINCAR???


Ontem fui comer uma pizza com amigos do colégio. Foi ótimo, nos divertimos muito lembrando as coisas que aprontávamos na época de criança.  
Eu morava numa rua sem saída perto da escola. No verão depois da escola, meus amigos iam jogar vôlei lá. Era uma delícia!!!
Tive o privilégio de ter tido uma infância maravilhosa, vivia brincando na rua.
Trabalhei durante muitos anos com o mercado infantil e o que mais discutíamos com pediatras e psicólogos era a importância da brincadeira no desenvolvimento das crianças.
A agenda das crianças hoje em dia, é quase a de um executivo. Todos os dias eles tem mil e uma atividades, além da escola. Será que sobra tempo para brincar??????
Hoje saiu uma matéria sobre isso na UOL e os especialistas entrevistados, reforçam a importância da brincadeira na formação das crianças.
 “A brincadeira é uma coisa séria. Só se torna um adulto completo, com bom desenvolvimento cognitivo, social e afetivo, quem brincou na infância”, diz Patricia Bertolini, psicóloga e coordenadora da Brinquedoteca do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba (PR).
 “A criança que não brinca pode se tornar um adulto egoísta, dependente e pouco criativo”, afirma Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Estudos do Brincar da PUC-SP.
Você já parou para olhar a agenda dos seus filhos para ver quanto tempo para brincadeiras ele tem no seu dia?
Eu fiz isso quando mudei para Campinas no ano passado e fiquei assustada. Hoje eles têm poucas atividades e tempo de sobra para brincadeira. Percebo que estão mais soltos, mais felizes, menos estressados.
VIVA A BRINCADEIRA!!!!

domingo, 28 de agosto de 2011

PUDIM by Matha Medeiros


Uma grande amiga me enviou este texto e não resisti e resolvi publicar aqui no blog, pois acho ele PERFEITO.

“Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir Pudim de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente um pedacinho minúsculo do meu pudim preferido. Um só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência,
comprar um pudim bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.
Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.
Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar.
Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...

Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...

Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'. Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.

Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim: 'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...
Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar vários pedaços de pudim,bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo. Um dia. Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga:
um pudim inteiro
um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order',
uma caixa de trufas bem macias
e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.
OK?
Não necessariamente nessa ordem.

Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago .”

terça-feira, 9 de agosto de 2011

POLITICAMENTE CORRETO


Quero provocar uma reflexão sobre a moda do “politicamente correto”. Porque acho que as pessoas passam do ponto. De uns tempos pra cá, até as músicas tradicionais da nossa infância andam mudando. Tem uma versão ridícula de “Atirei o pau no gato”, só porque não pega bem atirar o pau no gato.
 
Numa boa, nenhum de nós é assassino de gatos, por que cantou uma música. Afinal era só uma música de criança. Pior que jogar o pau no gato era a tal da Dona Chica que ficou admirada com o berro do gato. Ela esperava o quê????
 
 
Hoje em dia muitos pais têm esta preocupação. Tudo, realmente tudo, tem que ser politicamente correto.
Todos nós queremos o melhor para os filhos, mas as pessoas esquecem que a melhor educação é o exemplo.
Não adianta você colocar o seu filho numa escola que muda as música e não conta histórias de princesas, se você esquece de dar o bom exemplo em casa.

As crianças seguem o exemplo dos pais. Se você não é educado com ninguém, tira vantagem de tudo, não respeita os mais velhos, joga lixo na rua ou pela janela do carro, estaciona o carro em vaga de deficiente e se acha muuuuuito esperto, vai tirar satisfação com a professora que deu nota baixa para o seu filho, afinal de contas você é quem paga o salário dela (esquecendo que quem tira a nota é o seu filho), você acha que adianta o seu filho não cantar “Atirei o pau no gato”??????? 

As pessoas ficam com esta coisa insana de achar de as fábulas e as músicas não são adequadas, o que não é adequado é deixar que os filhos façam o que bem entendem, sem disciplina e sem bons exemplos.
 
Não vamos perder tempo apegando-se em “picuinhas”, mas sim naquilo que é realmente relevante. Lembre-se que você é responsável pela educação dos seus filhos.  



PARENTESES: Inclusive, os mais velhos vão lembrar, a Jovem Pan, no programa completamente politicamente incorreto – Djalma Jorge -  fez uma versão mix de Atirei o pau no gato e The Wall, que ficou para a história (heheheheehe).

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

ETANOL, COMBUSTÍVEL SUSTENTÁVEL. SERÁ????


Esta não é uma questão referente ao feminino, mas resolvi escrever, pois este é um assunto que me incomoda já faz muito tempo.

Meu primeiro carro era a álcool. Tenho ótimas recordações do meu velho e bom Escort Ghia, na cor champagne. Mas confesso, que era um porre toda manhã, esperar o carro esquentar, puxar o afogador... Mas a grande vantagem que todos ressaltavam era o preço do combustível, muito mais barato.Ok, realmente mais barato. 

Mas depois veio um discurso de combustível verde, polui menos, renovável (até ai, sem discussão), mas dizer que é um combustível sustentável?!?!?!?!

Lembro claramente de minhas aulas de Geografia, com o professor Fortunato: a cana de açúcar não tem nada de sustentável. Destrói o solo, o seu cultivo é muito primitivo, além das queimadas, o trabalho de exploração aos bóias frias é algo revoltante.

Sei que abordar este tema desta forma é meio politicamente incorreto, talvez nadar contra a maré, já que até empresas estão adotando políticas de usar Etanol em sua frota, mesmo que o combustível custe mais, afinal é um combustível sustentável.

Adorei quando li a reportagem da doutora em Geografia pela USP, Lucia Cavalieri, na revista Galileo de julho: "Etanol está longe de ser Sustentável". Após a leitura resolvi trazer o assunto ao blog. Além dos pontos que levantei, ela completa com um dado muito relevante:
"O agronegócio da cana ocupa o primeiro lugar no ranking de libertações de trabalhadores escravizados do país. Segundo a Pastoral da Terra, a CPT, 2,5 mil pessoas foram libertadas em situação de escravidão nas lavouras de cana, só em 2008".

Não sou contra o Etanol, mas não podemos tapar o sol com a peneira.

Milhões de produtores rurais são expulsos de suas áreas de origem, criando um grande monopólio, o uso de organismos geneticamente modificados pode afetar os ecossistemas vizinhos às plantações, o cultivo de cana gera poluição da água e do meio, várias pessoas possuem problemas de saúde com a chuva de fuligem resultante da queimada da palha de cana, trabalho escravo etc etc etc ...

Será que podemos mesmo considerar o Etanol que temos hoje é sustentável???

terça-feira, 2 de agosto de 2011

NÃO TENHA MEDO DE MUDAR

Fiquei ausente por um tempo, pois sai de férias com minha filha, foram 15 dias mágicos. É muito bom viver intensamente o papel de mãe com exclusividade. Foi muito rico para as duas.

Outro motivo, foi minha mudança de casa. Esta marca o inicio de uma nova fase.

Dizem que "a vida começa aos 40 anos..."

A minha acho que não vai começar, mas com certeza vai mudar. E muito.

Todos temos muita dificuldade para tomar atitudes drásticas, sempre temos mil motivos para não fazer um movimento brusco. A bendita zona de conforto nos atrapalha e muito.

Mudar é muito bom, depois que você vence a etapa de pânico inicial, você se sente tão bem que até estranha.

Não ligue para a cara de pânico das pessoas quando você conta que resolveu mudar. Sim, isso é importante, pois sempre vem aquela frase: " corajosa você, hein!?!?!?

Já que vai mudar, que a mudança seja verdadeira. Jogue fora aquilo que não presta do passado. Fique só com as coisas boas e siga em frente.

Faça isso, não só com a papelada, ou suas roupas. Faça com tudo. Só fique com os seus verdadeiros amigos, aqueles que realmente vão te apoiar, que gostam de você.

Quantos amigos você tem?

Quantos deles você poderia chamar numa emergência, numa madrugada chuvosa?

São estes que vão te apoiar e seguir com você, aconteça o que acontecer.

Se você parar para pensar, eles são "a sua coragem" para seguir para o desconhecido...

terça-feira, 21 de junho de 2011

POR QUE TODAS TÊM QUE SEGUIR O MESMO PADRÃO?


Acredito que de todas as conquistas femininas a mais importante é a LIBERDADE!!!!
O mundo de hoje nos dá o direito de guiar nossas vidas como bem entendemos.
O casamento não vai bem, separa.
O trabalho não tá legal, muda.
Não esta feliz com a sua casa, procura outra.
Temos nossa profissão e também nossa vida, mas o que nos ronda ainda é o bendito do ESTERIÓTIPO.
Temos que ser bonitas, magras, com unhas feitas, depilação, sobrancelhas tiradas, enfim tudo o que vocês já sabem.
Mas existe outro estereótipo que é o que mais me incomoda.
- Por que toda mulher tem que ter filhos?
Eu sempre sonhei ser mãe, e acredito verdadeiramente que foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Super recomendo, é tudo!!!!!
Mas por outro lado, respeito às mulheres que não desejam ter filhos. Sim, elas têm o direito de tomar esta decisão.
Tenho muitas amigas que, de forma consciente, não querem filhos. Não conseguem encaixar uma criança em suas vidas. Elas têm outras prioridades.
Querem se dedicar 100% a carreira, viajar quando der na telha, não querem este compromisso. Simplesmente não têm vontade.
E daí? O que os outros têm com isso?
Fica todo mundo tentando convencê-las do contrário. Acho um absurdo!
Brigamos tanto pela liberdade, mas estamos sempre buscando um padrão para nos orientar.
Vamos nos libertar!!!!!!!  

sexta-feira, 17 de junho de 2011

MULHERES SÃO PROIBIDAS DE DIRIGIR



Quando li a reportagem na Exame.com.não pude acreditar. 

Na Arábia Saudita mulheres são proibidas por lei de dirigir.

Fiquei em choque por alguns segundos, até conseguir terminar de ler a notícia.

Não entra na minha cabeça, como podemos viver num mundo que, em pleno século XXI, ainda proíbe mulheres de fazer alguma coisa.

Como as sauditas se locomovem?

Ou tem carro, ou dependem da boa vontade de algum homem da família.

Muitas mulheres se organizaram através de redes sociais e resolveram fazer um protesto diferente. Ao invés de fazer uma grande mobilização, decidiram que hoje cada uma iria fazer o seu protesto individualmente. Em algum momento do dia, pegaram o carro e foram dirigindo para algum lugar.

O ícone desta campanha é Manal al Sharif, ela foi detida por duas semanas, após publicar um vídeo no Youtube, no qual aparecia dirigindo. A jovem foi libertada em 30 de maio.

Até quando vamos tolerar um país que trata as mulheres como um ser de segunda classe?

Ainda temos muito o que conquistar!!!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

ATENÇÃO É POUCO


Cada vez mais tenho escutados pessoas dizerem que entraram no Facebook, por causa de seus filhos. Pois é, temos sim que monitorar nossos filhos.

Se por um lado a tecnologia nos trouxe muito benefícios e facilidades, por outro, ela abre novas formas de abordagem às crianças. Dificil, enfrentamos um problema antigo, mas que agora atua de forma nova.

Antes bastava deixar a criança em casa, que ela estava protegida.

Esta é uma situação muito difícil, pois o perigo esta em todos os lugares.

Por outro lado, não podemos aprisionar as crianças e priva-las de explorar as inúmeras possibilidades que este mundo digital proporciona.

Temos que encontrar um equilibrio. Mas qual o caminho para ele?

Não temos uma receita de bolo, mas acredito que a velha e boa conversa, ainda é a melhor defesa.

terça-feira, 14 de junho de 2011

DAR LIMITES, EIS A QUESTÃO.


Tenho ficado muito assustada quando vejo o comportamento de pais em relação a disciplina dos filhos.

Não existe mais limite.

São as crianças que mandam nos pais.
No restaurante a criança está lá fazendo absurdos, jogando comida no chão, gritando, batendo no irmão. Olho para os pais e eles estão lá, como se nada   tivesse acontecido.
De repente, vem uma lá e fala:
- Fulaninha, não faz assim, a mamãe fica triste.
E a tal Fulaninha olha para mãe com aquela cara de desprezo e continua a sua obra de arte, a La Picasso pelo restaurante. Um horror.
No que se transformarão estas crianças? Em adultos sem nenhum respeito, daqueles que acham que são donos do mundo. Tudo gira ao seu redor.
Outro dia não agüentei e chamei a atenção de uma amiga. Ela ficou furiosa comigo. Parecia que eu tinha batido no moleque. A resposta foi categórica:
- Eu trabalho a semana inteira, não fico com meu filho. Não vou ficar o tempo todo dando bronca nele, dizendo que não pode fazer isso ou aquilo.
Bom, fiquei quieta. Não vou falar mais nada.
Mas estou aqui escrevendo para lamentar esta postura da maioria dos pais. Não enxergam que o limite é parte importante na educação das crianças.
Não adianta delegar para a escola esta responsabilidade.
Criança aprende com exemplo, se você não for o seu exemplo, quem será?
Não é porque trabalhamos muito que não temos a obrigação de educar nossos filhos.
O futuro destas crianças está na nossa mão.
Pense nisso e diga sim aos limites!!!



Sugestão de leitura:

Limites sem traumas

Tania Zagury
Ed. Record


segunda-feira, 13 de junho de 2011

SERÁ QUE TEM MESMO QUE SER ASSIM?



Somos filhas das doidas que resolveram queimar o sutiã.

- Trabalhe, tenha uma carreira, NUNCA dependa de marido.

E este foi o recado dado pelas mães de todas nós.

Conclusão, estudamos, trabalhamos, e não dependemos de marido. 
Somos tão super, que fazemos tudo sozinhas.

Às vezes fico pensando:

Se foram elas que queimaram o sutiã, por que sou eu que trabalho feito louca e ainda tenho que cuidar da casa e dos filhos?  

Ninguém me perguntou se eu queria isso.
Isto me lembra uma tia avó minha que fazia promessa para gente pagar depois.
Assim é moleza!!!

Hoje, aos 40 anos, divorciada, com dois filhos, dou conta de tudo, não me pergunte como.

Será que ainda tenho que sentir culpa por alguma coisa?

Fazemos o impossível e ainda nos sentimos culpadas. Pode?

Vamos olhar tudo o que conseguimos fazer em apenas 24 horas e parar um minuto para refletir.

Somos boas pra caramba!!!!


Jogue a culpa para bem longe e orgulhe-se muuuuito da mulher que você é.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

EM QUE SÉCULO ESTAMOS MESMO?


Toda vez que escuto a Shirin Ebadi, a iraniana ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, fico pensando se estamos mesmo no século 21.
A forma como mulheres ainda são tratadas em alguns países é muito revoltante. Uma pena que poucas, tenham coragem de enfrentar as autoridades repressoras e lutar pelo direito das mulheres.
Incrível imaginar uma mulher que não tem o direito a estudar, não tem direito de escolher com quem vai se casar, que não pode sair de casa sem as tais burcas. Uma tristeza.
Shirin Ebadi tem uma grande missão: lutar pelos Direitos Humanos. Pena que para isso ela tenha que simplesmente, abandonar o seu país e viver jurada de morte.
Nestas horas de reflexão sobre como vivem as mulheres nos países árabes mais radicais, vejo que ainda estamos muito longe de comemorações. Temos muito que lamentar.  
Até quando teremos que conviver com isso? Até quando vamos assistir a vida marginalizada com que muitas mulheres vivem, sendo praticamente escravas, seres de segunda classe.
Não quero em hipótese nenhuma dar um tom político a este blog, mas não tenho como não achar lamentável, que a presidente Dilma tenha recebido a Shakira e não receber uma mulher ganhadora de um Nobel da Paz e grande defensora dos Direitos Humanos.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

VOCÊ CONHECE A GERAÇÃO Y?


Este texto é para todos que possuem equipes. Tenho estudado muito esta nova geração, chamada geração Y. Eles completaram 30 anos no ano passado. Eles são muito diferentes e com certeza vão produzir uma revolução no mercado de trabalho.
Eles vivem do trabalham, mas não estão dispostos a viver para trabalhar. Claramente, possuem uma visão muito mais aberta, quando o assunto é trabalho.
As empresas precisam se mexer, pois não são os jovens que tem que se adaptar, são as empresas que vão ter que mudar.
Muitos gestores interpretam esta nova geração como imatura, mas na verdade eles são seguros daquilo que querem e não aceitam os argumentos tradicionais.
Os jovens valorizam muito a relação com os gestores, se esta relação não é boa, eles não ficam na empresa, por mais conceituada que esta seja. Ao contrário, se ele enxerga no seu chefe, um mentor, alguém que vai focar no seu desenvolvimento, ele fica.
O que me chama atenção nisso, é o quanto as relações são relevantes, acredito que isto seja à base de uma nova sociedade, onde exista mais companheirismo e menos individualismo, ou seja, menos competição e mais colaboração.
Em outras palavras, a busca através do coletivo.
Se você trabalha com esta geração, procure não interpretá-los como descompromissados, busque entender a sua visão e busque uma nova forma de pensar e agir, pois os velhos discursos, definitivamente não “colam mais”.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

E VOCÊ JÁ PROVIDENCIOU O SEU SANTO ANTÔNIO?

Pois é, a verdade é que por mais feminista que as mulheres sejam, todas (sem exceção) querem um homem para chamar de seu.

Uma amiga minha uma vez disse: “Acho óóóóótimo estar sozinha no dia dos namorados, assim gasto dinheiro comprando um presente para mim e não tenho que ganhar um presente e fingir que gostei”. 

Sejamos sinceras,  você prefere ganhar um presente que talvez você não goste, ou comprar um presente para você mesmo??????

Como já sei a resposta, acho bom você se informar sobre as simpatias de Santo Antônio, o santo casamenteiro.

O Grupo Primavera tem um santinho uma graça, vale à pena conferir.


Também vale ressaltar a idéia do Ateliê Maria Brigadeiro, muito criativa e ao mesmo tempo divertida.

Trata-se de um kit especial para solteiras, não vale comprar, você tem que ganhar.

O conjunto é composto por um vidro com 100 gramas de brigadeiro de colher. No fundo do pote, você encontra uma letra surpresa do alfabeto, que sugere a inicial do nome de seu futuro par. Além disso, há uma receita de simpatia para arranjar um namorado, uma imagem de Santo Antônio, um tercinho e uma oração. Tudo embalado em uma charmosa bolsinha estampada.
Uma óóóóótima opção para aquela sua amiga que fingi que fica bem sem namorado no dia dos namorados.
Acho que vale dar uma forcinha para ela.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

EXISTE LUZ NO FINAL DO TÚNEL?



Se você não tem o maridão da Melanie Healey (post de ontem), não se desespere.
Muitas mulheres estão buscando o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, assim como você. A diferença, no meu ponto de vista, resume-se na palavra CORAGEM.
Sim, não é fácil deixar uma vida louca, mas com um depósito na sua conta no final do mês, para ter uma vida livre, mas cheia de incertezas.
Muitas mulheres querem e gostam de trabalhar, mas gostariam de trabalhar em casa, sem chefe, perto dos filhos.
A solução encontrada por elas é deixar as empresas e virar freelancer.
Todas as freelancers afirmam que não trabalham menos, mas podem escolher os trabalhos e impor o seu próprio ritmo.
Se você quer ser uma freelancer, precisa ser muito organizada. A disciplina é fundamental para que este trabalho dê certo. Tem que ter rotina e muita responsabilidade, pois deve sempre lembrar que, apesar de estar em casa, está trabalhando.
Muitas vezes se trabalha muito mais num mês e fica sem fazer nada no outro.
Mas mesmo com a instabilidade e as incertezas, uma coisa é certa: a liberdade está acima de qualquer coisa.
Já me vi muitas vezes pensando nesta possibilidade, mas sempre me dá aquele frio na barriga...
E você? Tem coragem de radicalizar e mudar sua vida completamente?


Fonte: Você S/A para mulheres – jun/2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

MULHERES PODEROSAS


Recomendo a leitura da edição para mulheres da revista VOCE S.A. Realmente está bem bacana.
Aborda temas como mulheres que estão repensando suas carreiras focando qualidade de vida, mulheres que ocupam cargos que até ontem eram dominados por homens,  o que pensam as jovens sobre a carreira, entre outros.
Mas o que me chamou atenção mesmo foi a reportagem sobre Melanie Healey, presidente da Procter&Gamble, esta carioca de 49 anos, que é considerada uma das mulheres mais poderosas do mundo.
Ela virou meu bench, trabalha 12 horas por dia, arruma tempo para fazer o almoço da filha, faz exercícios e janta com amigos!
Sabe aquela frase: “por traz de um grande homem sempre tem uma grande mulher?”
Pois é, por traz desta grande mulher está um grande homem. O marido dela decidiu parar de trabalhar, para ficar com as crianças quando ela foi expatriada. Poucos maridos fariam isso por suas mulheres, mas acredito que este fato foi fundamental para que ela pudesse trabalhar sem maiores preocupações.
É lógico que toda mulher sempre tem a tal da culpa, mas ela criou mecanismos para se sentir mais próxima dos filhos. Todos tomam café da manhã juntos, ela que os acorda pela manhã, inicia sua rotina de trabalho às 08h30min e fica em reunião até às 17h30min. Lê e-mail até as 19 h, volta para jantar e depois volta para computador e trabalha até às 23h.
Taí um exemplo de mulher poderosa que valoriza a família. O que quero dizer é que você não precisa abrir mão de sua vida pessoal para ser uma boa profissional.
Não temos que escolher ou um ou outro. Temos que programar uma rotina e ter apoio pra valer da família (no caso dela, o marido é tudo!!).

quarta-feira, 1 de junho de 2011

TER FILHO OU SER MÃE?



Para muitos esta pergunta não faz sentido, mas para mim existe uma diferença enorme entre ter um filho e ser mãe.

Ter filho é fácil. Todo mundo sabe como faz. O difícil mesmo é ser mãe.

Ser mãe não é dar a luz.

Ser mãe é participar da vida do filho. Eu diria que é querer participar da vida do filho.

Normalmente as feministas de plantão tem horror de falar sobre atividades dos filhos.

Acham uma tremenda bobagem esta coisa de fazer lição de casa junto, a babá leva a criança no pediatra, não querem saber o que os filhos comeram no jantar.

Não entendem quando digo que gosto de fazer compras de supermercado. Logo falam: é só entrar na internet, já deixa a lista pronta, e toda semana entra no site e fazem o mesmo pedido. Muito fácil.

Respeito esta posição, cada um leva a vida que é melhor para si. Mas fico muito irritada quando me olham com aquela cara de reprovação.

Estou longe de ser a mãe do ano, e nem pretendo ser, mas procuro participar ativamente da vida de meus filhos.

Nunca chego em casa a tempo de jantar com eles, mas não me estresso, pois escolho cada verdura, legumes e carnes que fazem parte da refeição deles. O lanche que eles levam na escola, também sou eu que escolho.

Além disso, sempre dispenso um cabeleireiro para assistir um bom DVD do Camp Rock ou dos Backyardigans. Depois tenho que agüentar umas falando que eu não tiro a sobrancelha, mas eu não tô nem aí. Nunca estou mal arrumada, mas não morro se não for pintar o cabelo no fim de semana, ponho uma faixa e vou pra rua.

O mais importante é que faço tudo isso com prazer, muito prazer mesmo. Sei que este carinho que eles estão recebendo vai fazer toda a diferença no futuro deles.
Minha vida mudou muito depois que meu filho mais novo nasceu com um problema grave de saúde. Ele me mostrou que a vida é muito boa e que temos que celebrar cada momento que podemos estar todos juntos.

Aprendi a viver o presente e comemorar cada conquista.

E uma coisa posso afirmar: ser mãe é tudo na vida de uma mulher!

terça-feira, 31 de maio de 2011

DIREITO ROUBADO


Refletindo sobre a evolução da mulher na sociedade...
(ou involução, dependendo do ponto de vista)
A geração passada obteve uma "conquista", mas hoje a nossa geração “paga esta conta”.
Foram elas que queimaram o sutiã, não nós.
Para ocupar o seu espaço, a mulher não pode reforçar suas virtudes. Ela teve que provar que poderia fazer tudo que os homens faziam.
Com isso, foram se masculinizando e abandonando suas características essencialmente femininas.
Estou falando de tudo isso, pois fui criada para ser esta mulher exemplo, que estudou, tem carreira, mulher forte, decidida.
Tenho muito orgulho de ser quem eu sou. Já passei por muita coisa na minha vida, apesar da pouca idade (de novo depende do ponto de vista). Acredito que esta fortaleza que sou me ajudou muito a enfrentar e superar momentos difíceis.
Mas confesso, que tem dia que sinto falta de poder ser só mulher.
Mulher, de verdade.
Aquela que tem o direito de ser frágil.
Sim, lembra do sexo frágil? Pois é, cadê?
Não estou falando em ser alguém dependente, fraca.
Queria apenas o direito de querer ser cuidada de vez em quando.
Ter sempre que cuidar de tudo é muito duro.
Acho que a nossa geração deveria lutar para que nossas filhas possam ter a liberdade de serem aquilo que acham que devem ser e não aquilo que a sociedade nos impõe como padrão de comportamento.
Sim, não são só os padrões de beleza que nos aprisionam.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

FORMANDO AS MULHERES DE AMANHÃ


Conheci aqui em Campinas uma ONG que faz um trabalho maravilhoso:
Grupo Primavera (
www.gprimavera.org.br).
Acredito que foi a convivência com as mantenedoras deste grupo que me inspirou a construir este blog.
O grupo foi fundado em 1981, por três voluntárias no Jardim São Marcos, bairro marginalizado pela violência, em Campinas. O grupo desenvolve programas de educação complementar para meninas entre 8 e 18 anos de idade.
O objetivo é resgatar valores e desenvolver habilidades que promovam a inserção social.
Por que o foco são meninas?
Exatamente, por acreditar no poder transformador de mulheres educadoras no ambiente familiar. A intenção é que as meninas formadas pelo Grupo Primavera sejam multiplicadoras de conhecimento e informação do futuro. São atendidas 500 meninas e adolescentes e suas famílias.
Tive oportunidade de dar uma palestra para as Mulheres Primavera, que são as voluntárias que mantém o Grupo Primavera. Participaram quase 100 mulheres, entre empresárias e executivas da região de Campinas.
Estas mulheres são como nós, batalham no dia a dia para dar conta de tudo: trabalho, filhos, casa, mas ainda dedicam tempo para o próximo. Participam ativamente do crescimento de cada uma das meninas para que elas tenham um futuro promissor.
Cada uma de nós, pode contribuir para o futuro destas meninas,  visitando a Oficina Primavera (Galleria Shopping Campinas) e comprando uma linda bonequinha.



* O Grupo Primavera está no Facebook, acompanhe.

domingo, 29 de maio de 2011

SERÁ?

A Maria é uma pessoa muito especial. Como uma boa baiana é super alto astral e  salva minha vida no dia a dia.
Semanas atrás ela me falou:
“Renata, você não vive, você vegeta, só trabalha, trabalha, trabalha. Você precisa viver um pouco”.
Fiquei chocada, principalmente porque ela tem razão. Por semanas pensei nisso.
Mas meu delírio foi além. Fiquei pensando que quando uma pessoa tem o foco apenas no trabalho e na família, não faz nada além do seu próprio umbigo.
Comecei a pensar na sociedade em que vivemos.
Será que a mulher ocupou mesmo o seu lugar na sociedade?
Será que é só isso mesmo? Temos mulheres presidentes, primeiras ministras, no FMI, em cargos executivos em grandes empresas...
Será que são estas as conquistas femininas que o mundo precisa?
Isto é o melhor que, nós mulheres, podemos fazer para a sociedade?
Não vou pregar aqui uma nova revolução, não vamos queimar o sutiã.
Mas o fato é que quando as mulheres ocupam o lugar dos homens, deixam de ocupar o seu papel na sociedade.
Não estou falando de cuidar dos filhos, lavar roupa, cuidar da casa. Estas atividades foram delegadas para pessoas maravilhosas, como a Maria.
Mas quem está cuidando da comunidade?
Quem esta fazendo este papel que sempre foi das mulheres?
A minha idéia é usar este blog para proporcionar reflexões em cada uma de nós, mostrar exemplos de mulheres que, além de se realizarem profissionalmente e na família,  realmente cuidam da sociedade,  criando um mundo um pouco melhor para alguém.
O que você está fazendo para a sua comunidade?