domingo, 28 de agosto de 2011

PUDIM by Matha Medeiros


Uma grande amiga me enviou este texto e não resisti e resolvi publicar aqui no blog, pois acho ele PERFEITO.

“Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir Pudim de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente um pedacinho minúsculo do meu pudim preferido. Um só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência,
comprar um pudim bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.
Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.
Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar.
Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...

Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...

Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'. Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.

Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim: 'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...
Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar vários pedaços de pudim,bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo. Um dia. Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga:
um pudim inteiro
um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order',
uma caixa de trufas bem macias
e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.
OK?
Não necessariamente nessa ordem.

Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago .”

terça-feira, 9 de agosto de 2011

POLITICAMENTE CORRETO


Quero provocar uma reflexão sobre a moda do “politicamente correto”. Porque acho que as pessoas passam do ponto. De uns tempos pra cá, até as músicas tradicionais da nossa infância andam mudando. Tem uma versão ridícula de “Atirei o pau no gato”, só porque não pega bem atirar o pau no gato.
 
Numa boa, nenhum de nós é assassino de gatos, por que cantou uma música. Afinal era só uma música de criança. Pior que jogar o pau no gato era a tal da Dona Chica que ficou admirada com o berro do gato. Ela esperava o quê????
 
 
Hoje em dia muitos pais têm esta preocupação. Tudo, realmente tudo, tem que ser politicamente correto.
Todos nós queremos o melhor para os filhos, mas as pessoas esquecem que a melhor educação é o exemplo.
Não adianta você colocar o seu filho numa escola que muda as música e não conta histórias de princesas, se você esquece de dar o bom exemplo em casa.

As crianças seguem o exemplo dos pais. Se você não é educado com ninguém, tira vantagem de tudo, não respeita os mais velhos, joga lixo na rua ou pela janela do carro, estaciona o carro em vaga de deficiente e se acha muuuuuito esperto, vai tirar satisfação com a professora que deu nota baixa para o seu filho, afinal de contas você é quem paga o salário dela (esquecendo que quem tira a nota é o seu filho), você acha que adianta o seu filho não cantar “Atirei o pau no gato”??????? 

As pessoas ficam com esta coisa insana de achar de as fábulas e as músicas não são adequadas, o que não é adequado é deixar que os filhos façam o que bem entendem, sem disciplina e sem bons exemplos.
 
Não vamos perder tempo apegando-se em “picuinhas”, mas sim naquilo que é realmente relevante. Lembre-se que você é responsável pela educação dos seus filhos.  



PARENTESES: Inclusive, os mais velhos vão lembrar, a Jovem Pan, no programa completamente politicamente incorreto – Djalma Jorge -  fez uma versão mix de Atirei o pau no gato e The Wall, que ficou para a história (heheheheehe).

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

ETANOL, COMBUSTÍVEL SUSTENTÁVEL. SERÁ????


Esta não é uma questão referente ao feminino, mas resolvi escrever, pois este é um assunto que me incomoda já faz muito tempo.

Meu primeiro carro era a álcool. Tenho ótimas recordações do meu velho e bom Escort Ghia, na cor champagne. Mas confesso, que era um porre toda manhã, esperar o carro esquentar, puxar o afogador... Mas a grande vantagem que todos ressaltavam era o preço do combustível, muito mais barato.Ok, realmente mais barato. 

Mas depois veio um discurso de combustível verde, polui menos, renovável (até ai, sem discussão), mas dizer que é um combustível sustentável?!?!?!?!

Lembro claramente de minhas aulas de Geografia, com o professor Fortunato: a cana de açúcar não tem nada de sustentável. Destrói o solo, o seu cultivo é muito primitivo, além das queimadas, o trabalho de exploração aos bóias frias é algo revoltante.

Sei que abordar este tema desta forma é meio politicamente incorreto, talvez nadar contra a maré, já que até empresas estão adotando políticas de usar Etanol em sua frota, mesmo que o combustível custe mais, afinal é um combustível sustentável.

Adorei quando li a reportagem da doutora em Geografia pela USP, Lucia Cavalieri, na revista Galileo de julho: "Etanol está longe de ser Sustentável". Após a leitura resolvi trazer o assunto ao blog. Além dos pontos que levantei, ela completa com um dado muito relevante:
"O agronegócio da cana ocupa o primeiro lugar no ranking de libertações de trabalhadores escravizados do país. Segundo a Pastoral da Terra, a CPT, 2,5 mil pessoas foram libertadas em situação de escravidão nas lavouras de cana, só em 2008".

Não sou contra o Etanol, mas não podemos tapar o sol com a peneira.

Milhões de produtores rurais são expulsos de suas áreas de origem, criando um grande monopólio, o uso de organismos geneticamente modificados pode afetar os ecossistemas vizinhos às plantações, o cultivo de cana gera poluição da água e do meio, várias pessoas possuem problemas de saúde com a chuva de fuligem resultante da queimada da palha de cana, trabalho escravo etc etc etc ...

Será que podemos mesmo considerar o Etanol que temos hoje é sustentável???

terça-feira, 2 de agosto de 2011

NÃO TENHA MEDO DE MUDAR

Fiquei ausente por um tempo, pois sai de férias com minha filha, foram 15 dias mágicos. É muito bom viver intensamente o papel de mãe com exclusividade. Foi muito rico para as duas.

Outro motivo, foi minha mudança de casa. Esta marca o inicio de uma nova fase.

Dizem que "a vida começa aos 40 anos..."

A minha acho que não vai começar, mas com certeza vai mudar. E muito.

Todos temos muita dificuldade para tomar atitudes drásticas, sempre temos mil motivos para não fazer um movimento brusco. A bendita zona de conforto nos atrapalha e muito.

Mudar é muito bom, depois que você vence a etapa de pânico inicial, você se sente tão bem que até estranha.

Não ligue para a cara de pânico das pessoas quando você conta que resolveu mudar. Sim, isso é importante, pois sempre vem aquela frase: " corajosa você, hein!?!?!?

Já que vai mudar, que a mudança seja verdadeira. Jogue fora aquilo que não presta do passado. Fique só com as coisas boas e siga em frente.

Faça isso, não só com a papelada, ou suas roupas. Faça com tudo. Só fique com os seus verdadeiros amigos, aqueles que realmente vão te apoiar, que gostam de você.

Quantos amigos você tem?

Quantos deles você poderia chamar numa emergência, numa madrugada chuvosa?

São estes que vão te apoiar e seguir com você, aconteça o que acontecer.

Se você parar para pensar, eles são "a sua coragem" para seguir para o desconhecido...