domingo, 4 de dezembro de 2011

BRASIL O PAÍS DO FUTEBOL !


Sempre gostei de futebol, não vou negar, mas infelizmente o Brasil se transformou no país só do futebol, de mais nada...

Vi nos status de amigos no Facebook, que aconteceram aqui no Brasil dois mundiais, que nem sequer foram noticiados. Handebol feminino, no Ginásio do Ibirapuera e de Patinação, em Brasília.
Acho triste que ninguém tenha dado a menor bola pra isso. O esporte deveria ser a marca do Brasil, sempre fomos fortes em várias modalidades. Quem não se lembra do Ricardo Prado, nos 400 m medley? Daquele time de basquete fantástico com Oscar, Marcel, Adilson, Nilo, Carioquinha e companhia? E no feminino, Hortência e Paula? Lógico que lembramos a medalha de ouro do Aurélio Miguel. E a geração de prata do vôlei: Willian, Renan, Amauri, Montanaro? Estes foram os ídolos de uma geração, que via o esporte como algo emocionante e exemplo de determinação e saúde.

Mas infelizmente, toda a atenção esta voltada exclusivamente para o futebol. Toda a grana disponível para patrocínios está focada em um único esporte. Uma cota de patrocínio na camisa da seleção canarinho sustentaria todos os atletas de outras modalidades, por alguns anos. Mas o foco é o velho e bom futebol.

Vamos ser francos, qual é o exemplo que o futebol passa para os jovens de hoje?

Qual é o exemplo que os jogadores que deveriam ser o exemplo dão?

Alguém já viu Emerson Fittipaldi ou até o nosso eterno Ayrton Senna, (ou qualquer um dos atletas mencionados no parágrafo anterior) fotografados, fumando, bebendo, amigo de traficante, batendo em mulher, fugindo da concentração, pego com travesti?

E alguém já viu o Guga, na maior manguaça????

Pois é, salvo algumas exceções, como os goleiros Marcos e Rogério e mais uma meia dúzia, os ídolos máximos das grandes torcidas, não são exemplos para os nossos filhos. E o pior, não existe nenhuma conseqüência para eles. Aprontam absurdos, mas sempre tem um time no mundo que acolhe o tal fenômeno, o baixinho, o imperador e outros apelidos nobres do futebol brasileiro.

Hoje perdemos mais um ídolo do futebol, o inesquecível Dr. Sócrates. Em campo não existiu outro camisa 8 igual. Lembro sempre da Copa de 82, do craque que fazia coisas incríveis com aquela bola, lances que vão ficar para a história. Porém, muitas outras coisas talvez fosse melhor esquecer. Como a tal democracia corintiana e a apreciação sem controle da bebida.

Esta perda deveria estar gerando uma enorme discussão sobre um mau que acaba com muitas vidas: o ÁLCOOL. O alcoolismo deveria ser debatido de forma exaustiva, com muito mais seriedade.

O álcool que matou nosso querido Doutor, mata mais no trânsito que os homicídios.
É o mesmo álcool que patrocina a SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL.
E é o mesmo álcool que a FIFA exigiu que estivesse presente em todos os jogos da Copa do Mundo, indo contra uma lei, cujo objetivo é diminuir a violência nos estádios (outro mau exemplo).

Mas nada disso será discutido, será apenas mais um que morre em decorrência da bebida e vai ficar por isso mesmo. Perderemos mais uma oportunidade de usar um fato triste, como exemplo para os jovens que só vêem histórias absurdas de seus ídolos, sem nenhuma conseqüência.

Por que isso? Porque a mídia tem coisas muito mais importantes para divulgar, como o fato de Daniele Winits estar solteira, ou o banho de mar de Letícia Sabatella, ou ainda a barriguinha da Luana Piovani. Ah! Estava esquecendo, li hoje no jornal: a Tereza Cristina vai ver uma foto do marido beijando a Pereirão e vai deixar ele na miséria...

BRASIL O PAÍS DO TÔ NEM AÍ ! ! ! !